terça-feira, 30 de outubro de 2012

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Transferência do Camelódromo vira imbróglio

Não se pode dizer que a Prefeitura está tentando mudar a localização do Camelódrono de última hora. O fato é que essa discussão começou ainda em janeiro desse ano. Essa ressalva tem que ser feita para entendermos o imbróglio que a prefeitura se meteu nesse final de ano.

Primeiro houve conversa entre prefeitura e comerciantes. Porém, ao que parece, a representação dos "lojistas" não é tão legítima como achava que era. Depois de baterem o martelo na nova localização, 55 dos 60 comerciantes que ocupam o camelódromo assinaram um documento contrário a proposta, ou seja, quem participou da negociação representa só 10% dos representados.

Segundo. As negociações foram feitas "na surdina". Se houvesse uma maior divulgação provavelmente o problema teria sido descoberto antes. O governo Sartori agiu sob seu ponto de vista de maneira correta. Como ele não gosta de discutir com o conjunto dos interessados nenhuma questão, o governo municipal empodera "representantes" da categoria. Isso gera, normalmente, grande problemas, pois as lideranças fecham acordos sem a concordância das demais pessoas. Esse mêtodo é bastante tranquilo para o poder público pois é só fazer um agradinho a mais, um churrasquinho ali, uma fotinho ali, um ponto mais privelegiado acolá e está tudo definido.

Terceiro. O local escolhido, com o perdão da palavra é uma droga. Somente a base do governo, mesmo assim a contragosto e um ou dois jornalistas da grande imprensa acha que um canto da Marechal Floriano pode ser tornar um centro de compras. Justificar que com estacionamento, praça de alimentação e banheiro irá aumentar o número de clientes é uma coisa tão ingênua que chega a dar medo ao pensar que são essas pessoas que querem ser formadores de opinião em nossa cidade.

Esse modelo de comércio popular precisa essencialmente da rua. Coloca-lo em local fechado significa um atestado de morte para aqueles pequenos empreendedores. É mais fácil fechar o camelódromo de uma vez do que deixá-los a míngua.

O novo local é tão bom, mas tão bom que está fechado a anos. Nem uma rede de supermercados conseguiu manter ele viável, e comida todo mundo precisa. Agora imaginem como vai ser quandos 60 camelôs se mudarem para lá.

A discussão ficou parada durante as eleições e chegou na semana passada à Câmara de Vereadores. Lá a Comissão de Legislação Participativa chamou uma audiência pública e em face da grande divergência entre a proposta do Executivo e o anseio da maioria dos lojistas, foi criado um grupo de trabalho que pretende discutir mais a fundo a questão. O atual prefeito pediu que o futuro prefeito, Alceu Barbosa Velho (PDT) participasse da reunião, porém ele lavou as mãos e disse que esse é um problema do governo atual.

A proposta de remover o Camelódromo tem como objetivo alargar a Moreira Cesar (sempre os carros tem preferência) e de uma revitalização da Praça da Bandeira. A proposta da prefeitura é que os comerciantes sejam tranferidos para o prédio da antiga Comercial Cesa, que fica na Marechal Floriano. Um grupo de lojistas propõem que eles fossem transferidos para um estacionamento que existe na frente da praça.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


Impasse no camelódromo25/10/2012 | 18h28

Vereadores pedem o cancelamento do prazo para camelôs informarem o interesse em ocupar Centro de Compras, em Caxias do Sul

Secretário Paulo Dahmer encaminhará solicitação ao prefeito

Vereadores pedem o cancelamento do prazo para camelôs informarem o interesse em ocupar Centro de Compras, em Caxias do Sul Maicon Damasceno /
Camelôs, artesãos, vereadores e secretários do Executivo não chegaram a um acordo sobre o novo camelódromoFoto: Maicon Damasceno
O prazo para os camelôs e artesãos informarem se têm interesse em se instalar no Centro de Compras que está previsto para o antigo Comercial Cesa poderá ser extinto, em Caxias do Sul.  

Quando o município definiu que o espaço será na Rua Marechal Floriano, entre as ruas Os Dezoito do Forte e a Dal Canale, estipulou que, até o dia 30 de outubro, cada um deveria se manifestar se ocuparão bancas no novo endereço. 

Na tarde desta quinta, em reunião da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária, vereadores pediram cancelamento do prazo, em razão do descontentamento dos camelôs e artesãos com mudança. 

O secretário da Habitação, Paulo Dahmer, um dos representantes do Executivo que participou da reunião, levará a solicitação dos vereadores ao prefeito José Ivo Sartori (PMDB). 

Com base nas informações sobre o número de interessados em estabelecer banca no prédio do antigo Comercial Cesa, um projeto de lei que cria o Centro de Compras será encaminhado à Câmara de Vereadores. A lei vai estabelecer as responsabilidades: o proprietário fará a reforma do prédio, a prefeitura vai construir bancas e os comerciantes pagarão o aluguel ao proprietário. 

Na reunião desta quinta, os camelôs e artesãos reforçaram que não gostaram do espaço, por ele estar num ponto que não tem o mesmo movimento da Praça da Bandeira. 

Parte dos vendedores defende que o camelódromo se transfira para uma área ao lado do atual endereço, onde hoje funciona um estacionamento. 

No entanto, o município considerou a proposta inviável, porque a sede teria que ser construída em todo o terreno para abrigar a quantidade de bancas existentes hoje e também pelo custo do aluguel ser maior, em comparação com o prédio do Comercial Cesa. 
A Comissão de Legislação Participativa e Comunitária solicitará uma audiência com o prefeito Sartori e com o prefeito eleito, Alceu Barbosa Velho (PDT).

O camelódromo precisa sair do atual endereço para a revitalização da Praça da Bandeira e duplicação da Rua Moreira César.

Comissão pretende ampliar discussão sobre novo camelódromo com o prefeito Sartori
Foto: Vanessa Gomes

Cerca de 50 pessoas participaram da audiência pública que discutiu a nova localização do camelódromo de Caxias do Sul. A reunião, promovida pela Comissão de Legislação Participativa e Comunitária da  Casa, aconteceu no plenário da Câmara Municipal na tarde desta quinta-feira (25).
A principal reivindicação de um grupo de proprietários de bancas é buscar outra nova alternativa para a localização do camelódromo. Os comerciantes sustentam que o prédio da antiga Comercial Cesa, localizado na rua Marechal Floriano, é afastado da área central e argumentam que pode prejudicar o volume de vendas.
Além disso, os comerciantes e artesãos reclamaram sobre a falta de diálogo da administração municipal para discutir o local da instalação. Outra reclamação foi sobre o documento apresentado pelo Executivo as categorias em que eles devem concordar com a transferência. O prazo para a assinatura termina no dia 30 de outubro.A integrante da comissão legislativa, vereadora Ana Corso (PT), comentou que a grande maioria dos interessados está insatisfeita com a mudança proposta. Ela diz que a intenção, a partir de agora, é  aprofundar a discussão com a prefeitura, além de ampliar o prazo para a assinatura do documento concordando com a transferência.
O secretário da Habitação, Paulo Dahmer, disse que foram realizadas diversas reuniões com os representantes das categorias, e negou a falta de diálogo. Ele disse que foram estudados outros dois locais próximos ao camelódromo, mas foram descartados. Ao final da audiência, Dahmer afirmou que vai levar o conflito estabelecido ao prefeito José Ivo Sartori, que deverá tomar uma decisão sobre o assunto.
O secretário municipal de Planejamento, Jorge Dutra, apresentou o projeto arquitetônico do novo Centro Comercial, que prevê que as 60 bancas dos comerciantes sejam instaladas no primeiro andar do prédio, e os 15 artesãos no segundo pavimento, junto com um auditório, sanitários e praça de alimentação. Também foi mostrado o projeto da abertura da rua Moreira César, entre a Sinimbu e a Os 18 do Forte.


Departamento de Jornalismo

terça-feira, 23 de outubro de 2012


Mudança do Camelódromo será tema de audiência pública nesta quinta-feira

Ato acontece na Câmara de Vereadores a partir das 14h

A saída dos camelôs da Praça da Bandeira, que vem sendo discutida desde o início deste ano, não está sendo tão tranqüila quanto se esperava.

A prefeitura já comunicou os comerciantes que até o final março eles devem se mudar para o prédio do antigo Comercial Cesa, na Rua Marechal Floriano. Mas há um grupo descontente. Eles procuraram a vereadora Ana Corso (PT), que articulou a realização de uma audiência pública nesta quinta-feira para tratar do assunto.

A audiência pública acontece na Câmara de Vereadores a partir das 14h e é aberta a toda a comunidade.

Em áudio, a reportagem da jornalista Graziela Andreatta
por Maicon Rech (Rádio São Francisco), dia 24/10/2012 às 18:26

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Ana, Alaor e Spiandorello ficam de fora da próxima legislatura  
Foto: Diego Netto

Políticos experientes, com mais de três mandatos na Câmara, os vereadores Ana Corso (PT), Alaor de Oliveira (PMDB) e Francisco Spiandorello (PSDB) não conseguiram se reeleger.
Ana, eleita pela primeira vez em 1996, fez 2.383 votos e ficou na primeira suplência. Em 2008, ela foi a quarta mais votada, com 4.676 votos. A petista atribui a derrota à baixa votação do PT que, para esta eleição, anunciou três candidatos a prefeito e acabou lançando um quadro do partido ainda pouco conhecido pela população, o que desmotivou a militância. Ana também acredita que parte dos votos dela foi transferida para Clair Girardi, o Kiko, vereador mais votado do PT. Representante do bairro Serrano, ele abocanhou uma fatia do eleitorado de Ana. No entanto, ela se sente feliz com a vitória do companheiro, pois foi uma das responsáveis pela filiação de Kiko ao PT. Longe da Câmara a partir do ano que vem, Ana quer se dedicar à organização partidária. Apesar de o marido Pepe Vargas ser ministro do Desenvolvimento Agrário, ela descarta se mudar para Brasília.