COLUNA MIRANTE - JORNAL PIONEIRO 12/12/2012
MÁRCIO SERAFINI
58% DE ESGOTO TRATADO
Caxias encerrará o ano com 58% do esgoto doméstico tratado, informa o Samae.
O índice é significativo. Está acima da média nacional, não chega a
40%.
Contudo, os 58% ficam bem abaixo dos 86% anunciados para o término da atual administração, marca cantada em prosa e verso inúmeras vezes em entrevistas, propagandas institucionais e, claro, na campanha eleitoral.
A nova previsão é de que os 86% sejam alcançados no primeiro semestre do ano que vem, com a conclusão plena dos cinco sistemas – Tega, Samuara, Pena Branca, Belo e Pinhal (leia no quadro).
Obras públicas atrasam, isso é fato. Portanto, uma margem de demora já deveria estar computada por autoridades quando fazem previsões desse tipo.
Fatores de atraso, como o trânsito intenso em ruas abertas para implantar a rede coletora e o solo rochoso, já eram mais do que conhecidos e esperados.
A oposição tem razão ao reclamar que os 86% vendidos na campanha se transformaram oficialmente agora, após o pleito, em 58%. Mesmo que, repito, 58% seja um percentual significativo diante da média nacional e da realidade anterior da própria cidade (apenas 4%). Porque 58% não são 86%, simples assim.
Difícil acreditar que, na reta final da campanha, o Samae já não soubesse que os 86% prometidos eram inatingíveis.
Contudo, os 58% ficam bem abaixo dos 86% anunciados para o término da atual administração, marca cantada em prosa e verso inúmeras vezes em entrevistas, propagandas institucionais e, claro, na campanha eleitoral.
A nova previsão é de que os 86% sejam alcançados no primeiro semestre do ano que vem, com a conclusão plena dos cinco sistemas – Tega, Samuara, Pena Branca, Belo e Pinhal (leia no quadro).
Obras públicas atrasam, isso é fato. Portanto, uma margem de demora já deveria estar computada por autoridades quando fazem previsões desse tipo.
Fatores de atraso, como o trânsito intenso em ruas abertas para implantar a rede coletora e o solo rochoso, já eram mais do que conhecidos e esperados.
A oposição tem razão ao reclamar que os 86% vendidos na campanha se transformaram oficialmente agora, após o pleito, em 58%. Mesmo que, repito, 58% seja um percentual significativo diante da média nacional e da realidade anterior da própria cidade (apenas 4%). Porque 58% não são 86%, simples assim.
Difícil acreditar que, na reta final da campanha, o Samae já não soubesse que os 86% prometidos eram inatingíveis.
Sem informações
A Câmara de Vereadores derrubou ontem à noite, por oito votos a seis, o pedido de informações protocolado pela vereadora Ana Corso (PT) sobre a implantação dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto em Caxias.Os votos da situação livraram o Executivo de responder sobre índices de tratamento alcançados, capacidade total e em uso de cada ETE, cronograma e custo das obras.
São esclarecimentos relevantes, em torno de uma das mais importantes obras da história recente da cidade.
É outra etapa
A polêmica em torno da construção de uma ETE em Galópolis, rechaçada por moradores do bairro e confirmada pelo Samae, não tem relação com o atraso no atingimento dos 86%.Essa nova estação prevista pelo Samae faz parte da nova etapa, inscrita junto ao Ministério das Cidades, que visa a estender o tratamento a 100% em 10 anos.
Conservação é questionada
Ana Corso também questiona, com base em informações de moradores, o estado de conservação das Estações de Tratamento de Efluentes construídas anteriormente nos bairros Serrano (em operação desde 1998) e Cânyon (implantada em 2007).Ontem, o Pioneiro mostrou a queixa de moradores do Cânyon em relação ao mau cheiro.
Ana afirma ainda que a ETE Tega estava inoperante até a semana passada em função de um vazamento de componentes químicos. E garante que, na Estação Samuara, ainda não houve a ligação para receber o esgoto de Forqueta.
– As duas estações operam com tratamento mínimo. Foram inauguradas inconclusas – afirma.
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