DISCURSO DE DANELUZ DIVIDE PETISTAS
A bancada petista rachou na sessão desta quarta-feira com o discurso do presidente da Câmara, Marcos Daneluz, na tribuna sobre Marrecas.
– Agora a obra não deve parar – discursou Daneluz, que foi apoiado pelo colega de bancada Guiovane Maria.
Outros dois petistas, Ana Corso e Rodrigo Beltrão, mantiveram suas posições. São favoráveis à obra, mas se ela tiver de parar por situações irregulares, que pare. Denise Pessoa não se manifestou, mas situa-se próxima de Ana e Rodrigo.
A bancada petista se recompõe logo adiante, é inteligente o suficiente para isso. Mas é inegável que a intervenção de Daneluz é um termômetro fiel das diferenças entre os vereadores.
Para regozijo da bancada do governo, que costuma valorizar os petistas mais acessíveis.
POBREZA NO PLENÁRIO DA CÂMARA
A Câmara de Caxias, ou mais exatamente alguns vereadores, enveredou por um caminho pantanoso que empobrece o debate. Pior ainda, torna-o belicoso, agressivo, mesquinho, com prioridade para a rusga política que não leva a lugar algum. Só desgasta as relações, com mais prejuízo para os debates futuros.
Basta a intervenção ser dos vereadores petistas Rodrigo Beltrão e Ana Corso para o ambiente azedar. A alegação de vereadores liderados por Geni Peteffi (PMDB), Edio Elói Frizzo (PSB) e Ari Dallegrave (PMDB) é de que o interesse dos petistas é meramente politiqueiro. Assim chegou-se à situação surreal de rejeição de um requerimento com pedido de informações sobre Marrecas, semana passada, porque era de autoria da bancada petista, Ana e Beltrão incluídos. E da aprovação de outro quase idêntico na terça-feira, esse de autoria dos vereadores Guiovane Maria (PT) e Renato Oliveira (PCdoB), poupados pelos governistas. Esse é o diagnóstico, e seus principais protagonistas.
E ainda há o agravante dos entreveros de baixo nível que se estabelecem a partir das intervenções de Daniel Guerra (PSDB). Há vereadores do governo que não gostam de algumas insinuações do tucano, e até mesmo o presidente da Câmara, Marcos Daneluz (PT), já lamentou manifestações de Guerra. Mas daí a descer até o inqualificável diálogo havido semana passada sobre marrecas, as aves emplumadas, isso não tem justificativa.
A Câmara precisa superar a personalização dos debates, tratando com seriedade os temas de interesse da comunidade. Sob o risco de aumentar seu descrédito.
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