LURDINHA DEVE CONTINUAR
O suposto favorecimento da empresa de Eduardo Fontana Grison na
prestação de serviços para a Fundação de Assistência Social (FAS) de
Caxias do Sul, administrada por sua mãe, Maria de Lurdes Grison,
precisa ser investigado, como pede a vereadora petista Denise Pessôa.
Se a denúncia procede, o pagamento de R$ 45 mil em cinco anos é
realmente inadequado, considerando a Lei Orgânica, que impede
contratos com parentes até o terceiro grau ou com suas empresas.
Porém, há de se ter muita responsabilidade no encaminhamento dessa
investigação, com o objetivo de preservar o importante trabalho
desenvolvido pela FAS. E Lurdinha Grison é pessoa-chave na fundação.
De família com sólida estrutura financeira, Lurdinha não precisaria
trabalhar, pelo menos em um posto tão desgastante como a FAS. Porém,
ela faz questão de ajudar os mais necessitados, sem o desejo de obter
vantagem política ou econômica. E não é de hoje: Maria de Lurdes
Grison tem duas décadas de atuação em benefício das pessoas
fragilizadas pelas drogas, pelas doenças ou pela miséria.
– Se ela contratou a empresa, foi por uma necessidade técnica
imediata, não foi por má-fé – avaliou o frei Jaime Bettega, referência
ética na cidade, na tarde de sexta-feira, pouco antes de, junto com
Lurdinha, fazer uma visita de solidariedade a uma família gravemente
doente.
Caxias não pode correr o risco de perder Lurdinha na FAS, entidade que
não deve se prestar para satisfazer interesses políticos. E isso seria
bem possível, uma vez que a base aliada do prefeito José Ivo Sartori
(PMDB) conta com 15 partidos, quase todos sempre famintos por cargos.
A permanência de Maria de Lurdes Grison na FAS é uma garantia de que a
cobiçada secretaria não será usada como ferramenta eleitoral em 2012.
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