sexta-feira, 8 de julho de 2011

NÃO PODE, DONA GENI - Coluna Mirante

Em meio às denúncias de irregularidades nas concessões de táxis em Caxias do
Sul, ontem surgiu mais uma preocupação para a administração municipal. Da
tribuna da Câmara, a vereadora Denise Pessôa (PT) declarou que há contratos
irregulares nos serviços de informática da Fundação de Assistência Social
(FAS).
 
Conforme a vereadora, a empresa com contratos de cerca de R$ 45 mil desde
2006 tem como sócio um filho da presidente da FAS, Maria de Lurdes Grison, a
Lurdinha, o que ela admitiu ontem (leia na página 4).
A Lei Orgânica municipal impede a contratação de parentes até o terceiro
grau ou de suas empresas.
 
Sem negar a acusação, a vereadora líder de governo, Geni Peteffi (PMDB),
lembrou que na gestão de Pepe Vargas (PT) quem cuidava do serviço de
informática do Samae e da Codeca era o cunhado do presidente do PT, o que
nunca teria sido questionado (talvez pelo fato de cunhado não ser parente).
 
Geni ainda declarou:
 
– Acho que tem algumas coisas que a gente até releva, porque sabe quem está
fazendo.
 
A afirmação de Geni, registrada na Câmara de Vereadores, é ainda pior do que
a denúncia, pois parece admitir a existência de irregularidades. Depois da
sessão, questionada sobre a declaração, a peemedebista reforçou que não acha
correto a prática da FAS, mas que “não se pode levar tudo tão a sério”. Ela
declarou ainda que um dos incisos da Lei Orgânica permitiria a contratação,
mas não soube dizer qual.
 
Convenhamos que não importa se o valor dos contratos em seis anos não foi
tão elevado ou se os serviços foram prestados adequadamente. Se a lei
impede, não pode.
 
Resta saber o que pensa o prefeito José Ivo Sartori (PMDB): se vai apurar se
houve irregularidade e tomar uma atitude e, na carona, dizer a público que
não concorda com Geni, ou se vai deixar tudo como está.

Nenhum comentário:

Postar um comentário