quarta-feira, 20 de abril de 2011

DEBATE INTENSO MAS LONGE DA PAUTA DA CÂMARA - JORNAL O CAXIENSE


JORNAL O CAXIENSE


por Robin Siteneski




A sessão de terça-feira (19) na Câmara de Vereadores se afastou da pauta. A ordem do dia incluía dois projetos sobre o reajuste dos servidores municipais, a votação de três pedidos de informações de Ana Corso (PT) e um projeto do Executivo em última discussão, mas acabou enveredando para uma discussão sobre como o governo usa a maioria na Câmara e o papel dos pedidos de informações.


O debate começou depois da rejeição de dois pedidos de informações da vereadora Ana Corso (PT), sobre a situação de um aterro no Jardim Itália e o projeto de adequação das obras do Puerto Vallarta, conjunto de edifícios interditado porque sua conclusão poderia inviabilizar as operações no Aeroporto Hugo Cantergiani.

O outro pedido da vereadora petista, sobre a poda de palmeiras imperiais na esquina da Avenida Júlio de Castilhos com a BR-116, que teria sido feita de forma irregular pelo empresário e presidente da Festa da Uva, Gelson Palavro, foi seguido de acusações de Guiovane Maria (PT) à líder do governo na Câmara, Geni Peteffi (PMDB).
 “A senhora disse com todas as letras: ‘na minha casa mando eu’. A espada opressora continua agindo como vem fazendo há vários anos”, bateu Guiovane, referindo-se à rejeição dos pedidos da oposição.




Geni esclareceu que falava sobre a propriedade onde as palmeiras foram podadas, não sobre a Câmara de Vereadores, e revelou, em plenário, que os três pedidos poderiam ter sido aprovados, o que depois foi reafirmado por Edio Elói Frizzo (PSB).




“O senhor é prova que eu disse que votaríamos a favor (dos pedidos de informações) se não houvesse discussão, porque hoje tenho que sair cedo. Sobre aprovar os projetos do Executivo, não vejo mal nenhum impor a maioria, como faz o governo Tarso. Faz parte do jogo, sou líder do governo para ajudar o governo”, defendeu-se Geni.




Outros vereadores saíram em defesa de seus lados, situação e oposição. Harty Moisés Paese (PDT) argumentou que Ana já apresentou os pedidos com as respostas. A discussão se alongou por aproximadamente uma hora e despertou, novamente, divergências entre Frizzo e Daniel Guerra (PSDB).


“O vereador tem que se assumir de uma vez por todas como oposição”, disse Frizzo.




“Tem coisa que é política, tem coisa que é politicagem”, rebateu Guerra, que votou com as bancadas petista e comunista nos três pedidos de Ana Corso – os demais vereadores foram contra, assim como Geni.




Último ponto da pauta, o projeto do Executivo que regulamenta a indenização de imóveis desapropriados em áreas de risco foi aprovado em minutos, por unanimidade. A ordem do dia já havia sido atrasada por causa da homenagem aos 25 anos da Visate. O saldo da querela: Geni saiu tarde da Câmara, a sessão terminou aproximadamente às 21h15 e a discussão ficou longe de resolver velhas rixas.

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