CIRO FABRES
É o empresário e presidente da Festa da Uva, Gelson Palavro, o responsável pela poda de três palmeiras imperiais com 75 anos na Avenida Júlio de Castilhos.
Palavro é dono de um conjunto de lojas ao lado das palmeiras. Segundo ele, as folhas caem, quebram telhas e entopem calhas:
– Já gastei mais de R$ 10 mil indenizando os inquilinos das lojas, que perdem mercadoria sempre que chove e venta forte e as lojas alagam – argumenta.
Palavro admite que este foi o terceiro ano consecutivo que cortou as folhas sem a autorização da Secretaria do Meio Ambiente.
– Nunca houve problema, as folhas sempre voltaram.
Neste ano, reconhece, a “poda foi um pouco exagerada, mas em seis meses elas voltam”.
As palmeiras foram cortadas radicalmente, no topo. O secretário de Meio Ambiente, Adelino Teles, promete multar Palavro:
– Não tem acordo, ele vai ser multado. Eu sou secretário para cumprir a lei e já multei muito figurão. Se precisar, multo até o prefeito – esbravejou Teles, assim que soube da patuscada, irritadíssimo diante da suspeita de que a secretaria tivesse autorizado o corte.
O fogo-amigo de Palavro desconfortou o prefeito, que sempre cobra postura exemplar dos secretários – e a presidência da Festa tem o status de secretaria. Mas nada além disso.
– Pode ter havido um erro individual, mas nada que comprometa o trabalho do Gelson na condução da Festa da Uva – declarou, à noite, o chefe de gabinete, Edson Néspolo.
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