segunda-feira, 8 de março de 2010

CAXIENSES PARTICIPAM DA MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES - JORNAL PIONEIRO

 Para reforçar a continuidade da luta pelos direitos e melhorias às condições de vida das mulheres, um grupo
 de oito caxienses viajou ontem a Campinas (SP) para participar da 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. Elas vão seguir em caminhada de cerca de 96 quilômetros até São Paulo, ao longo de 10 dias.
– Vamos divulgar os movimentos sociais, nossas lutas e agregar mais pessoas para a causa – destaca Carina Silva, 33 anos, bacharel em Direito e uma das organizadoras do núcleo caxiense.
A edição deste ano tem como tema “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres” e trabalha quatro campos de atuação: Bens Comuns e Serviços Públicos, Paz e Desmilitarização, Autonomia Econômica e Violência Contra as Mulheres.
A estudante de Direito Alexandra de Castilhos Moojen, 22 anos, e outras dezenas de gaúchas marcharão para ressaltar a resistência das mulheres diante dos desafios que enfrentam diariamente.

– Queremos denunciar que o sistema de consumo mercantiliza a vida das pessoas. É só tomar como exemplo a moda do silicone e as propagandas de cerveja que exploram a imagem da mulher. Nesses últimos 100 anos, tivemos conquistas formais, como a Lei Maria da Penha e as leis trabalhistas, mas temos ainda que avançar do ponto de vista prático. Por isso, nossa luta continua – frisa Alexandra, que integra o Coletivo de Mulheres Estudantes da UCS.

Integrante do colegiado do Fórum das Mulheres Caxienses, a advogada Mônica Montanari salienta que o sexo feminino se descobriu portador de direitos no último século. Segundo Mônica, no entanto, outras conquistas ainda são necessárias para o cotidiano da mulher. Uma delas tem a ver com as tradicionais preocupações maternas, que é a garantia de vagas para os filhos na educação infantil.

– Precisamos assegurar o direito do acesso das crianças em creches e garantir a efetivação da Lei Maria da Penha. É necessário avançar na empregabilidade. A mulher ainda ganha 30% a menos que o homem. Também temos de trabalhar o controle da natalidade e a descriminalização do aborto – defende Mônica.

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