quarta-feira, 17 de março de 2010

PLANTÃO JORNAL PIONEIRO

AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE SUPOSTAS AGRESSÕES DE POLICIAIS MILITARES EM CAXIAS DO SUL
Vereadores ouviram três casos sobre possíveis abuso de autoridade

Uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul debateu na tarde desta quarta-feira três supostos casos de agressões de policiais militares (PMs) durante atendimento de ocorrências. Um agente penitenciário de 34 anos contou que na noite de 5 de março, durante um show na Festa da Uva, teria sido agredido por brigadianos. Conforme o agente, o irmão que o acompanhava teria sido abordado por assaltantes numa área onde ficavam os banheiros químicos. O agente então empunhou a arma que levava consigo contra os suspeitos. Nesse momento, brigadianos o teriam imobilizado e algemado, mesmo ele tendo dito que era agente penitenciário e possuía porte de arma. Segundo a versão do rapaz, os policiais o teriam levado até um galpão e o agredido com cacetetes e chutes.


Segundo o comandante da Brigada Militar (BM), tenente-coronel Júlio Cesar Marobin, o agente apresentava sinais de embriaguez e precisou ser contido à força porque representava perigo um homem armado em meio a milhares de pessoas. Ele disse desconhecer as denúncias sobre a agressão posterior.


O outro caso teria ocorrido na noite de 8 de janeiro, quando um grupo de brigadianos foi até o bairro Jardim América, na região conhecida como Zona da Antena, procurar um suspeito. Conforme a presidente da associação de moradores do bairro, Lucia Marlene da Silva Klipel, entre seis a oito PMs jogaram rojões contra casas e humilharam os moradores. Quando ela foi tentar mediar a situação com os policiais, teria sido ofendida e um dos servidores bateu com a mão nas suas costas. Conforme Marobin, a reação dos policiais teria sido motivada porque a corporação recebeu pedradas na viatura ao chegar no bairro.

A terceira história também teria ocorrido no Jardim América, numa noite de fevereiro. Conforme um aposentado de 62 anos, seu neto de 10 anos teria sido agredido com um tapa no rosto e um chute na perna por um policial. Segundo o homem, que não presenciou a ação, a criança brincava com outros três meninos na rua quando foi abordada porque alguém teria reclamado que um grupo de menores teria jogado pedras contra uma casa. Segundo a família, foi registrada ocorrência e feito exame de corpo de delito, que teria constatado os machucados.
Marobin assegurou que inquéritos policiais militares serão abertos para investigar os três casos. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Justiça da Câmara, Renato Nunes (PRB), pediu que os processos sejam enviados à Casa para que os vereadores acompanhem o andamento dos casos.

Kelly Isis Pelisser
kelly.pelisser@pioneiro.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário