A CÂMARA E A DEMOCRACIA
O que era para ser uma corriqueira votação de moção de apoio da Câmara de Vereadores ao resultado da consulta popular na eleição a reitor da UCS, na sessão de ontem, transformou-se em um elucidativo debate.
O que estava em jogo na moção proposta pelo vereador Rodrigo Beltrão (PT) era a tese da consulta, ainda que o assunto esteja obviamente revestido de componentes e consequências políticas. O vereador Edio Elói Frizzo (PSB) até ressaltou que “ninguém é bobinho” para não perceber os alinhamentos políticos dos candidatos a reitor e os interesses da moção.
Ocorre que ela foi proposta antes de o resultado ser conhecido para apoiar qualquer escolha da comunidade universitária, independentemente dos interesses políticos. Assim, valorizava a tese democrática, ainda que desequilibrada em seus pesos, da consulta popular.
BASTANTE ESCLARECEDOR
Inacreditavelmente, vereadores contrários à moção salientaram que poderiam analisar a proposta depois do resultado da consulta. Ora, aí sim qualquer posição estaria contaminada pelo resultado.
O assunto foi tão surpreendente que a votação deu empate em 7 a 7 e o presidente da Casa, Harty Moisés Paese (PDT), decidiu com seu voto contrário. Quer dizer, a Câmara de Caxias não apoiou a democrática tese da consulta popular.
COLUNA MIRANTE - CIRO FABRES
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