Data: 12/04/2010 16:52 (01:13 atrás)
Assunto: Caiu a máscara:
SENHORES:
FINALMENTE alguém consegue retirar a máscara do Ex.mo Secretário de Cultura de Caxias do Sul, e mostar a verdadeira, real e até então disfarçada faceta em que ele vivia.
Quem “malha” na área da cultura fazendo "das tripas o coração" para conseguir qualquer mínimo apoio da específica Secretaria, seja apoio logístico ou financeiro, como eu venho mendigando nesta área por já 35 anos, sabe muito bem o calvário para se chegar a ter um simples "sim, daremos o apoio necessário", da boca deste Secretário. Primeiro, é quase impossível ter um contato com o "Mestre", ao menos com nós acontece isto, já que somos sempre acessados aos seus discípulos, pois o DD. Secretário se esconde aos anseios das promoções culturais tentadas a ser trazidas a Caxias do Sul pelo Centro Cultural Ítalo-Brasileiro de Caxias do Sul, do qual sou o atual presidente. E por segundo, quando conseguimos trazer um evento cultural relativo à etnia que lançou a pedra fundamental do progresso e da riqueza regional, somos penalizados pelo descaso do Sr. Secretário, para não dizer retalhados e discriminados (ao menos assim nos sentimos), e não fosse pelo valioso auxílio da nossa Universidade, de algumas empresas da cidade, e de algumas entidaes culturais, estes eventos seriam relegados à cidades de nossa região, que sempre bem os acolhe.
Para o conhecimento de todos, temos diversas situações que mantivemos sempre enclausuradas dentro de nossa entidade, mas que agora aproveito torná-las públicas, seguindo a oportunidade em que um ato de despreso para com o dinheiro da comunidade cultural caxiense vem sendo perpetrado pelo Secretário em questão:
No ano de 2005 fomos (Centro Cultural Ítalo-Brasileiro) os responsáveis pelas festividades dos 130 anos da imigração italaiana em nosso município, pela qual tivemos apoio da UCS, da comunidade caxiense em geral, do Daniel Guerra, Secretário de Turismo à época, da sempre pronta colaboradora Prof. Liliana Alberti Henrich, do Museu Municipal, e do ex Secretário da Cultura, Prof. Pozenato, este de pronto empenhou-se em prestar o auxilio de sua Secretaria, assinando rúbrica de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a ser repassado ao caixa do evento no exercício seguinte, frente às limitações que dispunha no momento. Por decisões que todos conhecem, houve a troca do Secretário da Cultura, e este que assumiu negou veementemente o repasse desta verba rubricada, e não adiantou termos implorado verbalmente e nem por escrito. O DD. Secretário Feldamann simplesmente deu as costas a todos os nossos apelos, aplicando-nos um honroso e magistral calote. Fomos obrigados a suportar com as despesas.
Lembram-se da Festa da Uva de 2006, quando os grupos culturais étnicos italianos tiveram que se rebelar contra o Secretário em questão (“capo” do departamento de cultura da festa), pois não havia sido dado espaço a estes entes artísticos-culturais italianos? Me recordo muito bem as palavras do representante do “Sul Paiòn”: Para os CTGs tudo e para nós, descendentes dos bravos imigrantes italianos, cerne da festa da uva, nada. Onde está o significado do viver juntos?”.
No ano de 2007 trouxemos à Caxias o Grupo de Teatro Astichelo, da Província de Vicenza – Itália, para apresentações teatrais em nossa região. Em Caxias do Sul foram 2 apresentações. Apelamos mais uma vez ao Secretário da Cultura para dar o seu apoio. Silêncio absoluto foi a resposta. Não fosse a irrestrito apoio dos grupos de teatro “Míseri Coloni” e “Famèia dei Talenti”, do grupo “Sul Paiòn”, e da nossa sempre socorrista Universidade de Caxias do Sul, e dos demais grupos culturais étnicos italianos, não teríamos feito frente aos custos.
No propalado ano de 2008, quando uma farsa foi montada sob a título de: “Caxias do Sul – Capital Brasileira da Cultura” (não que a comunidade cultural Caxiense não merecesse. Digo da forma egocêntrica de um sonho que foi pesadelo aos demais entes envolvidos), o Centro Cultural Ítalo-Brasileiro trouxe à Caxias do Sul a Fisorchestra Armonia, de Treviso, Itália, para uma única apresentação. Não fosse a intervenção dos nossos sempre prestimosos amigos da UCS, nem o Teatro Pedro Parenti teria sido cedido para a apresentação. Assim mesmo, embora a promessa de gratuidade por todo o uso e auxílio necessário feito por um honroso discípulo do Secretário, no dia seguinte fomos surpreendidos pela cobrança dos talões dos ingressos, da comissão sobre o valor arrecadado, do ISQN 4%, e mais da taxa de limpesa do espaço. Se cobramos ingresso foi somente por um valor simbólico para arrecadar valores para cobrir custos de transporte do grupo de músicos italianos e das suas refeições. Caxias do Sul – Capital Brasileira da Cultura 2008. O que diria se não carregsse o título! Sabemos, que a Secretaria de Cultura de Caxias do Sul não é nenhuma produtora de shows, mas porque a retalhação dispensada às atividades culturais propostas por nossa entidade?
Soma-se mais uma ao já citado. Acredito que nenhum cidadão caxiense saiba, mas por mais de 4 meses foi tratada a vinda da Italian Crazy Band (grupo musical italiano de Padova) para duas apresentações culturais de música italiana e brasileira durante a Festa da Uva 2010. Os acordos foram sempre costurados entre o representante da Orquestra e o representante do Sr. Secretário de Cultura, Prof. Mario Michelon, tudo intermediado pelo Centro Cultural Ítalo-Brasileiro, O despreso, o descaso, a discriminação que este grupo sofreu em sua estada em Caxias do Sul foi incrível. Se retratarmos todos os acontecimentos, seria obra de cunho Homérico. Somente um dos fatos: A Secretaria de Cultura não aceitou disponibilizar uma Van para o transporte dos músicos de Porto Alegre/Caxias/Porto Alegre, o que obrigou o Centro Cultural Ítalo Brasileiro fazê-lo. E sabe quanto de inventimento? R$ 500,00. Sim, isto mesmo, “quinhentos reais”. E sabem o porquê? ..... A Secretaria não dispunha de verba. Será que pedimos pouco? Deveríamos per pedido R$ 100.000,00 e dizer que era uma entidade de fora de Caxias que os estaria trazendo? Quem de vocês soube da presença desta orquestra italiana em Caxias, e que lotou teatros da cidade de São Paulo poucos dias antes de sua presença aqui?
O Centro Cultural Ítalo-Brasileiro se sente desmoralizado e sem vontade de dar continuidade aos seus já 50 anos de fundação, completados no ano de 2009. Quem sabe que com a doação destes polêmicos R$ 100.000,00 a este ente étnico, já que estão sobrando nos cofres da municipalidade, e estão sendo disponibilizados gratuitamente a uma empresa de fora, poderiam dar ânimo à sequência da entidade e força para novos eventos culturais na cidade, oriundos da pátria dos que fizeram a riqueza desta nossa cidade e região? .... Ou será que nós, entidade cultural sediada no território de Caxias do Sul, deveremos emprestar o nosso suor nos inúmeros atos burocráticos do FUNDOPROCULTURA, ops, desculpem, FINANCIARTE, para obter algumas migalhas?
Coloco tudo isto como uma forma de trazer às claras mais uma máscara que o Senhor Secretário usa quando aparece em público travestido de “Supra-Sumo “da Cultura Caxiense, já que vende a falsa idéia de que, se não fosse por ele, nada conteceria nesta cidade.
O autoritarismo do DD. Secretário Feldamann chega ao extremo quando não quer dar continuidade à titulação do FUNDOPROCULTURA, para querer deixar os rastros de seus confetes e serpentinas no FINANCIARTE. Para que mudar uma titulação? O que se ganha ou o que se perde nesta farsa? Seria para abrir a porteira para R$ 100.000,00 já vislumbrando um modo menos complicado de favorecimento a alienígenas? Não me recordo desta possibilidade legal. O que vinha dando errado com o FUNDOPROCULTURA e o que vem dando de melhor no FINANCIARTE? São situações que nos fazem pensar, e muito.
Entendemos que o dinheiro público deva ter rígido controle, e que seja obrigação de todos o respeito à norma de seu uso. A grande pergunta de tudo o que vem publicamente ocorrendo é: Por que para os grupos culturais de Caxias do Sul as burocracias da Lei do FINANCIARTE, liberando, no máximo R$ 22.500,00 e pelo LIC limitado a R$ 50.000,00, e para os alienígenas, que nada apresentaram de burocrático e sequer passaram pelo suor de preencher formulários e mais formulários exigidos, o beneplácito de R$ 100.000,00 sem ser conhecido o conteúdo do que se está produzindo? Repetimos: Não se discute, no momento, se o filme/roteiro/produto final é bom ou é ruim, e se os produtores são ou não capacitados para o empenho. Está em discussão o liberalismo na cedência de R$ 100.000,00.
O pior de tudo isto é a extrema faceta com que Secretário e alguns vereadores que o escudam nesta tarefa se dedicam para a liberação do valor. Analisem comigo: Neste ano eleitoral, que vive e sucede alguns anos de notícias de dinheiro em cuecas, em meias, em malas, em contas no exterior, ou seja, desvio de parte de verbas públicas, poderá fazer com que os nossos munícipes passem a pensar que por trás de tudo isto exista semelhante situação nesta verba. Não vejo sentido, Secretário e Vereadores simpatizantes à idéia em dar dinheiro fácil e sem burocracia a estranhos sem passar pela duras normas da concorrência legal, de exporem-se tão fragilmente perante a comunidade caxiense. Agindo assim é estar se expondo demasiadamente ao critérios de interrogações, de dúvidas quanto à lealdade de seus cargos, de sua ética e da moral.
Acredito que o que coloco nos pontos 1 a 6 acima, vivido por mim enquanto na testa da entidade italiana citada, muitos outros difusores, para não dizer “sofredores” da cultura em nossa cidade também já viveram, e, talvez, não colocam e/ou colocaram à público para não se incompatibilizarem com o poder público ora instituído, mas esquecem que o poder que ali está, amanhã poderá ser substituído por outro melhor ou até pior, é o risco que se corre, mas temos que nos rebelar quando devemos, e temos que elogiar quando necessa´rio.
Quem atua na cultura não tem partido e nem ideologias políticas. Quem veste a túnica da cultura tem como única ideologia o propagar a cultura em todos os seus modos de manifestação. Nos discursos em defesa da cedência do dinheiro fácil, o que se nota de alguns vereadores é que estão confundindo o profissionalismo dos que se rebelaram, querendo vinculá-los à partidos políticos, num esforço exagerado e inconsequente de querer disfarçar o autoritarismo egocêntricentrista que vestem como edís, obrigados à respeitar as decisões do grupo, em detrimento à lógica legal, à ética e à moral. Resumindo: Querem fazer valer velho princípio: “Quem não tem argumentos lógicos, disfarça sua tese com ofensas contra o concorrente”.
Para finzalizar. Como o Secretário Feldamann também está recebendo esta mensagem de protesto, gostaria de deixar minha linha de pensamento e de experiência, no sentido de:
Se existem R$ 1000.000,00 sobrando nos cofres do Município, e devem ser obrigatoriamente aplicados na Cultura, agregue este valor no FINANCIARTE e divida entre os projetos futuros.
Se como Secretário da Cultura V.Exa quer ter um documentário sobre Caxias do Sul, e tem que ser unicamente o documentário ora em questão e não outro, faça os seus produtores “suarem a camiseta” no preenchimento dos inúmeros e burocráticos formulários, e concorrerem aos R$ 22.500,00 por igual com os demais produtopres culturais da cidade, no FINANCIARTE, que é o mínimo que a Lei, a ética e a moral pede que seja feito.
E se mesmo assim, caro Secretário, V.Exa. quer atropelar a Lei, a ética e a moral, ao menos se digne convocar os membros eleitos para a análise dos projetos do FINANCIARTE – vídeo e cinema (se é assim que se denomina), e peça para que se demitam, pois este grupo não tem mais sentido de existir. Afinal de contas, quem se utiliza do princípio: “QUA COMANDO MI”, não precisa de operários, mas de escravos, e não acredito que os membros que avaliam os projetos de cinema e vídeo para o FINANCIARTE tenham sina de escravos..
Certo de ter dado o meu manifesto e de ter demonstrado claramente o meu protesto frente à atuação de nosso Secretário Municipal da Cultura, principalmente no seu desejo de dar graciosamente R$ 100.000,00 a grupo que sequer sujeitou-se às agruras do FINANCIARTE, so espero ser compreendido por todos os que recebem esta mensagem, bem como espero o devido apoio em favor dos que pleiteiam a verdade e a justiça.
Dr. LONIS STALLIVIERI
Presidente Centro Culturale Ítalo-Brasiliano
Av. Julio de Castilhos, 2535 – Sala 103
95010-005 – CAXIAS DO SUL - (RS) - BRASIL
Fone: 55-(54) 30287708 – Fax: 55-(54) 30272382
E.mail: lonis@cidadaoitaliano.com.br
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