terça-feira, 13 de abril de 2010

OPOSIÇÃO E SITUAÇÃO PREPARAM SUAS ARMAS PARA O EMBATE DESTA TERÇA-FEIRA

 O duelo durante a votação do projeto de repasse de R$ 100 mil para o filme sobre a cidade ficará a cargo de duas mulheres. Do lado da oposição, a líder da bancada do PT, Ana Corso, tentará convencer o governo a retirar a proposta ou persuadir aliados do prefeito a votarem contra. A situação terá a líder do governo Geni Peteffi (PMDB) como a principal articuladora. Ela sustentará a importância do aporte financeiro por parte da prefeitura para poder contar com “material” que hoje a cidade não dispõe.


Pioneiro: Qual será a estratégia para a votação?


Ana Corso: Estamos fazendo corpo-a-corpo para conseguir o maior número possível de vereadores contrários à aprovação desse projeto. A proposta pode até ser aprovada pela base governista, que tem maioria, mas já vencemos o debate público, porque a classe de artistas locais concorda com a nossa posição. Não estamos questionando a qualidade e a competência da equipe para fazer esse documentário, mas os métodos do governo.


Geni Peteffi: Vamos repetir o que temos dito. É um filme importante sobre a cidade, um material que ainda não temos. Esse projeto está na Casa desde a segunda quinzena de fevereiro e só agora estão questionando. Passei cópia de todas as informações que recebi para os colegas da base aliada, mas não fiz pressão com nenhum vereador. A defesa será de que Caxias não tem nada que mostre a sua potência. Vamos mostrar durante a discussão que tem vereador se mostrando contrário ao repasse de R$ 100 mil mas apresentou até moção de apoio ao filme.


Pioneiro: É elevado o valor de R$ 100 mil para bancar parte dos R$ 774 mil do filme?


Ana: Partindo do ponto de vista que nossos produtores e artistas locais só podem disputar R$ 22,5 mil pelo Financiarte e até de R$ 50 mil pela LIC municipal, é muito.


Geni: Não acho, porque o governo vai poder usar esse material depois, exibindo-o em escolas e para toda a cidade. O município está comprando apenas uma cota, que representa 12% do valor global do documentário.

Pioneiro: Como a avalia a manutenção do projeto na pauta?

Ana: Primeiro, nunca disseram para os produtores locais que poderiam pleitear valor tão elevado. O repasse de verba para esse documentário deveria passar pelo crivo da comissão do Financiarte.

Pioneiro: Existe a possibilidade de o projeto ser retirado da pauta de votação por parte do governo?


Geni: Não. O poder público já se comprometeu em repassar esse valor para a produtora. É isso que alguns vereadores não querem entender. As pessoas que estão reclamando são as mesmas que fizeram um vídeo de 15 minutos e queriam cobrar R$ 50 mil.

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