CIRO FABRES
Esse caso dos R$ 100 mil para um documentário produzido por produtor não-caxiense sobre Caxias do Sul é pedagógica e permite uma série de constatações:
* Fazer um documentário é fazê-lo e bater na porta atrás de recursos. Foi o que fez o produtor não-caxiense.
* Essa produção interessava à prefeitura.
* A prefeitura não planejou uma produção assim para o centenário. Ela foi trazida como proposta. Tal iniciativa deveria ter sido estimulada.
* Qualquer outro produtor, caxiense ou não, poderia ter tomado iniciativa idêntica.
* Os produtores caxienses reclamam que ficam restritos ao Financiarte e à LIC municipal. Em alguns casos, também bateram à porta e não levaram. Enquanto isso, uma produção de fora leva R$ 100 mil com relativa tranquilidade.
* O problema é esse: imagina-se que o estímulo à produção local deva ser meta incansável, embora não restritiva, da gestão da cultura no município.
* É compreensível e justa a reivindicação por critérios mais flexíveis para acesso a recursos, mais transparentes e mais conhecidos para produtores caxienses. Fica o aprendizado para que se ajuste a gestão da cultura, com ênfase no estímulo à produção local.
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