Foto: Alessandro Valim
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O Consórcio
Fidens-Sanenco está trabalhando para atender as solicitações do Ministério do
Trabalho, e assim, obter o desembargo das obras do Sistema Marrecas. Ainda no
dia 24 de abril, o ministério embargou o trecho superior da barragem, após a
morte de Sadi Pereira da Silva, 47 anos. O operário atuava na construção das
comportas que integram a represa, e caiu de uma altura de 40 metros.
O impedimento permanece até que sejam corrigidos
os problemas relacionados aos equipamentos de segurança no local. Em reunião na
Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (03), o diretor-presidente do SAMAE
relatou aos parlamentares o atual cronograma de obras do sistema, e também falou
sobre o embargo na construção da chamada crista da barragem.
Os vereadores questionaram o fato da empresa
deste porte, que venceu uma licitação de cerca de R$ 65 milhões, não respeitar
as normas que garantam a segurança dos operários. Caberlon descreveu o acidente,
e afirmou que uma série de erros levou o operário a morte.
Ele ressaltou que a empresa conta com
equipamentos de segurança, e que o funcionário subiu em um equipamento
inadequado, já que poderia ter utilizado o guincho. No entanto, Sadi estava
sobre a comporta, e o cabo de aço cedeu devido ao peso dele e do equipamento.
Além disso, ele estava preso com cordas, entretanto, o cabo de aço arrebentou, e
rompeu a corda, fazendo com que ele caísse.
Caberlon ressalta que teve acesso ao relatório
encaminhado pelo Ministério do Trabalho a Fidens-Sanenco. Ele explica que o
material solicita uma série de documentos, principalmente, de procedimentos em
relação a trabalhos realizados em alturas, que foram adotados pela empresa ao
iniciar a construção da barragem. Caberlon acredita que em 15 dias, a chamada
crista da barragem, seja liberada, e as obras recomecem.
“É processo muito burocrático, que eu acho que
leva cerca de 10, 15 dias. É uma relação que o Samae não tem interferência, não
fizemos parte do processo. Somos parte interessada, mas é uma relação entre o
consorcio e o Ministério do Trabalho”, ressaltou o diretor-presidente.
A parte da obra que foi embargada estava em fase
de finalização com a instalação das últimas comportas da barragem do sistema
Marrecas.
Departamento de Jornalismo
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