sexta-feira, 4 de maio de 2012

Diretor do SAMAE acredita que obras do Marrecas devem ser retomadas em até 15 dias



Foto: Alessandro Valim

O Consórcio Fidens-Sanenco está trabalhando para atender as solicitações do Ministério do Trabalho, e assim, obter o desembargo das obras do Sistema Marrecas. Ainda no dia 24 de abril, o ministério embargou o trecho superior da barragem, após a morte de Sadi Pereira da Silva, 47 anos. O operário atuava na construção das comportas que integram a represa, e caiu de uma altura de 40 metros.

O impedimento permanece até que sejam corrigidos os problemas relacionados aos equipamentos de segurança no local. Em reunião na Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (03), o diretor-presidente do SAMAE relatou aos parlamentares o atual cronograma de obras do sistema, e também falou sobre o embargo na construção da chamada crista da barragem.

Os vereadores questionaram o fato da empresa deste porte, que venceu uma licitação de cerca de R$ 65 milhões, não respeitar as normas que garantam a segurança dos operários. Caberlon descreveu o acidente, e afirmou que uma série de erros levou o operário a morte.

Ele ressaltou que a empresa conta com equipamentos de segurança, e que o funcionário subiu em um equipamento inadequado, já que poderia ter utilizado o guincho. No entanto, Sadi estava sobre a comporta, e o cabo de aço cedeu devido ao peso dele e do equipamento. Além disso, ele estava preso com cordas, entretanto, o cabo de aço arrebentou, e rompeu a corda, fazendo com que ele caísse.

Caberlon ressalta que teve acesso ao relatório encaminhado pelo Ministério do Trabalho a Fidens-Sanenco. Ele explica que o material solicita uma série de documentos, principalmente, de procedimentos em relação a trabalhos realizados em alturas, que foram adotados pela empresa ao iniciar a construção da barragem. Caberlon acredita que em 15 dias, a chamada crista da barragem, seja liberada, e as obras recomecem.

“É processo muito burocrático, que eu acho que leva cerca de 10, 15 dias. É uma relação que o Samae não tem interferência, não fizemos parte do processo. Somos parte interessada, mas é uma relação entre o consorcio e o Ministério do Trabalho”,  ressaltou o diretor-presidente.

A parte da obra que foi embargada estava em fase de finalização com a instalação das últimas comportas da barragem do sistema Marrecas.
 


Departamento de Jornalismo



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