A represa é
considerada uma das marcas do governo José Ivo Sartori (PMDB). A previsão
inicial era que fossem investidos R$ 120 milhões em todo o Sistema Marrecas,
sendo que a barragem é a maior obra licitada pela administração.
A represa, inclusive, é uma das responsáveis pelo
encarecimento, já que o custo passou de R$ 66 milhões para R$ 101 milhões.
Assim, o total deve chegar a R$ 246 milhões, sendo que até 31 de março, R$ 224
milhões já haviam sido investidos. Os dados foram repassados pela equipe do
SAMAE aos vereadores durante reunião na tarde desta quinta (03).
No encontro, os vereadores petistas Rodrigo
Beltrão, Ana Corso e Denise Pessôa, fizeram questionamentos sobre o embargo na
chamada crista da barragem, sobre dois hectares de árvores que ainda não foram
cortados na área do lago, sobre as desapropriações, e ainda sobre a destinação
da madeira das árvores retiradas do local.
Das 128 desapropriações, restam apenas quatro
para serem indenizadas, o que não ocorreu ainda por questões judiciais. Quanto a
destinação da madeira das 6,5 mil araucárias, assunto que motivou pedido de
informação da bancada do PT neste ano, o diretor-presidente do SAMAE, Marcus
Vinícius Caberlon, explicou que a mesma será doada à Secretaria de
Habitação.
Entretanto, o beneficiamento fica a cargo do
próprio SAMAE que só pode repassar o material em forma de tábuas, ou ainda como
kit de casas. Já quanto as árvores que ainda não foram cortadas, devido a
existência de dois sítios arqueológicos na área de alague e um fora, o Centro
Universitário Univates tem até junho para repassar os relatórios ao Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que irá analisar, e então
liberar a obra.
Quanto a totalidade da obra, a expectativa
inicial era que ainda em 2011 a cidade já começasse a receber água da nova
barragem. No entanto, devido a atrasos no cronograma, o diretor de Planejamento
Integrado do SAMAE, Gerson Panarotto, lembra que o sistema deve estar pronto
entre novembro e dezembro deste ano. Panarotto ressalta que a barragem está 99%
concluída, e as demais obras do sistema seguem em fase de finalização.
“Em virtude desse embargo a gente tem que
aguardar, para fazer a comporta que está faltando. A estação de tratamento já
está em fase de urbanização. As adutoras, dos 27 km, temos cerca de 25 km já
executados. As obras um pouco mais atrasadas, a casa de bombas e o reservatório
de chegada, já foram iniciadas e devem ficar prontas até novembro”, declarou o
diretor.
A expectativa era que em abril ocorresse o
fechamento das comportas e o lago começasse a ser enchido, mas devido ao embargo
da crista da barregam a conclusão deve ser reajustada.
Departamento de Jornalismo
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