sexta-feira, 4 de maio de 2012

Obra do Sistema Marrecas deve chegar a R$ 246 milhões



Foto: Calebe De Boni

A represa é considerada uma das marcas do governo José Ivo Sartori (PMDB). A previsão inicial era que fossem investidos R$ 120 milhões em todo o Sistema Marrecas, sendo que a barragem é a maior obra licitada pela administração.

A represa, inclusive, é uma das responsáveis pelo encarecimento, já que o custo passou de R$ 66 milhões para R$ 101 milhões. Assim, o total deve chegar a R$ 246 milhões, sendo que até 31 de março, R$ 224 milhões já haviam sido investidos. Os dados foram repassados pela equipe do SAMAE aos vereadores durante reunião na tarde desta quinta (03).

 No encontro, os vereadores petistas Rodrigo Beltrão, Ana Corso e Denise Pessôa, fizeram questionamentos sobre o embargo na chamada crista da barragem, sobre dois hectares de árvores que ainda não foram cortados na área do lago, sobre as desapropriações, e ainda sobre a destinação da madeira das árvores retiradas do local.

Das 128 desapropriações, restam apenas quatro para serem indenizadas, o que não ocorreu ainda por questões judiciais. Quanto a destinação da madeira das 6,5 mil araucárias, assunto que motivou pedido de informação da bancada do PT neste ano, o diretor-presidente do SAMAE, Marcus Vinícius Caberlon, explicou que a mesma será doada à Secretaria de Habitação.

Entretanto, o beneficiamento fica a cargo do próprio SAMAE que só pode repassar o material em forma de tábuas, ou ainda como kit de casas. Já quanto as árvores que ainda não foram cortadas, devido a existência de dois sítios arqueológicos na área de alague e um fora, o Centro Universitário Univates tem até junho para repassar os relatórios ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que irá analisar, e então liberar a obra.

Quanto a totalidade da obra, a expectativa inicial era que ainda em 2011 a cidade já começasse a receber água da nova barragem. No entanto, devido a atrasos no cronograma, o diretor de Planejamento Integrado do SAMAE, Gerson Panarotto, lembra que o sistema deve estar pronto entre novembro e dezembro deste ano. Panarotto ressalta que a barragem está 99% concluída, e as demais obras do sistema seguem em fase de finalização.

“Em virtude desse embargo a gente tem que aguardar, para fazer a comporta que está faltando. A estação de tratamento já está em fase de urbanização. As adutoras, dos 27 km, temos cerca de 25 km já executados. As obras um pouco mais atrasadas, a casa de bombas e o reservatório de chegada, já foram iniciadas e devem ficar prontas até novembro”, declarou o diretor.

A expectativa era que em abril ocorresse o fechamento das comportas e o lago começasse a ser enchido, mas devido ao embargo da crista da barregam a conclusão deve ser reajustada.


Departamento de Jornalismo
RÁDIO CAXIAS

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