quarta-feira, 30 de maio de 2012


Vereadoras querem informações sobre uso de máquinas públicas em obra particular 


As petistas Ana Corso e Denise Pessôa receberam denúncias a respeito da atuação de funcionários públicos e de máquinas do município em uma obra particular. Os trabalhos no terreno localizado na esquina das ruas Dr. José Aluísio Brugger e Amazonas, no bairro Jardim América, foram interditados após a morte de Inédio Mendes, 32 anos.

O operário manuseava explosivos dentro de uma retroescavadeira, e o artefato explodiu, provocando a morte. Logo após o incidente, a obra foi embargada pelo Ministério do Trabalho em conjunto com o Exército, e ainda na tarde da sexta (25), servidores do município foram vistos no terreno.

O município, inclusive, encaminhou nota de esclarecimento à imprensa sobre o assunto na terça-feira (29). No entanto, as vereadoras querem informações específicas sobre a questão. A petista Ana Corso questiona por que o poder público foi até o local, se a responsabilidade pela detonação ou desarme dos explosivos é da empresa Perfurações, Detonações e Terraplanagem Mendes.

 Ela ressalta que mesmo com o acidente, a empresa é qualificada para atuar neste tipo de trabalho, e, portanto, não há porque o município encaminhar funcionários e maquinário ao terreno.

“Esse tipo de detonação é muito comum nas obras realizadas no nosso município. Em qualquer empreendimento, uma vez que tenha


 rochas, enfim, é utilizado detonação. E essa empresa tem essa condição, tanto que estava realizando a obra. Houve esse acidente trágico, mas cabe à empresa fazer esse desarme dos explosivos”, destacou a vereadora.
Procurado pela reportagem da Rádio Caxias, o secretário de Obras, Norberto Soletti, afirmou que quem trata do assunto é o procurador do município. Lauri Romário Silva, por sua vez, esclareceu que o terreno está localizado nas proximidades de uma escola de ensino fundamental e de um posto de combustível, por isso, foi prudente utilizar técnicos e equipamentos do município.

Ele frisa que a possibilidade de uma tragédia fez com que a prefeitura decidisse atuar no local, e garantir, assim a integridade física dos moradores e empreiteiros que atuavam na obra.

“Presente a uma situação de urgência, onde existiam ainda uma série de artefatos armados no pátio de uma construção particular, com uma escola e um posto de gasolina nas proximidades, para o município não houve alternativa de não deslocar o seu pessoal, para a manutenção da segurança pública como um todo”, declarou o procurador.

Como se trata de obra privada, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos está fazendo o levantamento das despesas da operação. De acordo com o procurador, os recursos deverão ser ressarcidos a prefeitura pelo proprietário da obra.


RÁDIO CAXIAS
Departamento de Jornalismo

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