quinta-feira, 31 de março de 2011

NOTA DA SECRETARIA DE CULTURA DO PT SOBRE DECLARAÇÕES DE JAIR BOLSONARO

A Secretaria Nacional de Cultura do Partido dosTrabalhadores (SNCult-PT) vem a público externar seu completo repúdio às manifestações recentes do Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), que consideramos racistas, homofóbicas e politicamente insustentáveis.



A maneira desrespeitosa com que o deputado se referiu à cantora Preta Gil é inaceitável, assim como são inaceitáveis os termosdesumanos e preconceituosos com que se refere aos homossexuais. No mesmo sentido, consideramos que sua leitura sobre o que foi o Golpe Militar de 1964 denota um desconhecimento histórico e uma intransigência política incompatíveis com o exercício da representação parlamentar.


A SNCult-PT manifesta sua inteira solidariedade à Preta Gil, ao Plano Nacional dos Direitos Humanos e aos homens e mulheres de bem que pregam e praticam uma cultura de tolerância, de respeito à diversidade e à liberdade de escolha, todos esses valores desrespeitados nas manifestações infelizes do deputado.


Secretaria Nacional de Cultura doPT

NO PROGRAMA CQC O DEPUTADO RESPONDEU A PERGUNTA DE PRETA GIL DA SEGUINTE FORMA:

 

“Se o seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?”

- pergunta a cantora e compositora Preta Gil, filha do artista e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, no quadro “O povo quer saber”, do CQC.

“Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos são muito bem educados. E não viveram em ambientes como, lamentavelmente, é o teu”, respondeu Bolsonaro.

E ELE NÃO PAROU POR AÍ VEJA O QUE DISSE HOJE EM ENTREVISTA AO CONGRESSO EM FOCO:


Bolsonaro declara guerra aos homossexuais


Em entrevista ao Congresso em Foco durante o velório do ex-vice-presidente José Alencar, o deputado fluminense, que agrediu a cantora Preta Gil em programa de televisão, diz que está em combate com os representantes LGBT e da esquerda no Congresso. E dispara contra Dilma Rousseff: "Ela devia estar presa"


“Estamos aqui em uma guerra”. Foi com essa frase que o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) resumiu as reações que se seguiram à frase carregada de preconceitos que ele despejou contra a cantora Preta Gil, no programa jornalístico-humorístico CQC (TV Bandeirantes), na segunda-feira (28). A declaração, racista e homofóbica, resultou em diversas representações contra ele por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. E vindas das mais variadas correntes sociais. Além do deputado e ex-ministro da Igualdade Racial Edson Santos (PT-RJ), cerca de 20 outros parlamentares e até a Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) protocolaram pedido de cassação contra Bolsonaro.

PEDIDO DE CASSAÇÃO TEM CHEGADO AS PENCAS Á COMISSÃO DE ÉTICA DA CÂMARA

A sociedade brasileira se mostra, por meio desta petição ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, cansada da quebra de decoro do parlamentar Jair Bolsonaro que publicamente demonstra e incita o desprezo às minorias em nosso país e à democracia. Por diversas vezes, o deputado fez comentários contrários à Constituição Federal, ofendendo cidadãos brasileiros que divergem de sua limitada visão de mundo. Realizou ataques pessoais e a grupos, com intuito de se autopromover, desrespeitando o preceito básico do bom senso e ainda comentendo crimes de injúria e difamação.








Por conta dos seguidos incidentes, nos quais usa de inverdades e fundamentação religiosa para justificar suas afrontas à igualdade de direitos, às iniciativas públicas de compensação de danos históricos e preceitos dos direitos humanos, além de defender a tortura e a volta da Ditadura, vimos pedir para que os membros do Conselho de Ética considerem a cassação de seu mandato em nome da Ordem e do Progresso.

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