quarta-feira, 2 de março de 2011

CAPA PIONEIRO - PEPE ALERTA QUE CAXIAS PERDEU PASSARELA DA BR

 VERBA PARA PASSARELA É INCERTA

Autor de emenda que garantiu dinheiro, deputado afirma que a prefeitura não cumpriu exigênciasCaxias do Sul – Enquanto pedestres se aventuram para cruzar a BR-116, na entrada do bairro Planalto, parte do dinheiro que poderia ser utilizado na construção de uma passarela sobre a rodovia teria sido perdida. No ano passado, R$ 300 mil do Ministério das Cidades estavam previstos para a prefeitura erguer uma travessia próximo à entrada do bairro, uma reivindicação antiga dos moradores. A origem da verba é uma emenda do deputado Pepe Vargas (PT). Porém, como o projeto do município não teria sido complementado a tempo, conforme pedido do ministério, o dinheiro não entrou no orçamento da União. A prefeitura contesta a informação, alegando que o dinheiro não está perdido.


Para a obra, haveria uma contrapartida do município de cerca de R$ 100 mil. Segundo Pepe, em 19 de maio de 2010, o setor técnico do Ministério das Cidades pediu à prefeitura adequações ao projeto, mas a administração não teria cumprido o pedido. Pepe desconhece quais adequações o município teria de providenciar. O prazo para as complementações era o final de 2010.


– Infelizmente, o dinheiro foi perdido. Eu poderia ter feito emenda a outro município, que poderia ter utilizado o dinheiro – disse Pepe.


Conforme o deputado, os R$ 300 mil deveriam ter sido empenhados até 31 de dezembro de 2010. Como não foram, segundo ele, o governo não contemplou o dinheiro no Orçamento da União.


Atravessar a BR é sinônimo de risco e tempo perdido para a servidora pública Cláudia de Moura, 44 anos, moradora do Planalto há nove anos. Ela costuma esperar cerca de 10 minutos para cruzar as duas pistas quando volta da escola onde trabalha, no bairro Cristo Redentor. Para passar pela segunda pista, a situação é mais delicada. Uma curva tira a visão dos pedestres.

Ontem à tarde, depois de várias tentativas de seguir adiante, Cláudia conseguiu atravessar somente quando um ônibus cortou a via em direção ao bairro. E teve de correr.

Quando a gente ve que dá para cruzar, é preciso sair correndo, poque os carros surgem na curva. E o motorista de Caxias é mal educado.

SILVANA DE CASTRO

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